segunda-feira, 4 de março de 2013

PROPOSTA DE EXPERIMENTO: FÁBULAS Filosofar psicodramaticamente



FÁBULAS: Filosofar psicodramaticamente 

Andréa Claudia de Souza

O objetivo deste trabalho é possibilitar a liberdade de expressão, mapear os tipo de angústias do grupo, conhecer melhor o grupo a partir do inconsciente grupal, discutir saídas saudáveis.
Contar uma fábula ou qualquer estória deste tipo pode passar muitas vezes como estória infantil, mas é importante lembrar o intuito dos escritores, em especial o dos filósofos. Afinal, quem pode criticar o presidente de nosso país com maior liberdade; o Jornal Nacional ou a turma do Pânico? Quem fala mal da própria novela; a Ana Maria Braga ou o Casseta e Planeta? Desde os primórdios do tempo o humor é a forma de se criticar com menor resistência. Na Grécia e Roma antiga, tínhamos os filósofos fazendo críticas em forma de fábulas, disfarçando sua fala para que pudessem se expressar sem punições. Naquela época esperava-se ensinar com as fábulas uma nova forma de olhar e pensar algumas situações, não é o caso do Psicodrama. O Psicodrama com fábulas espera criar este clima em que as resistências sejam quebradas e o inconsciente e o co-inconsciente possam se manifestar com tranquilidade e assim procurar novas possibilidades, mas não tenta impor uma moral da história, não fecha nenhuma verdade. A história é co-construida em grupo e trabalhada em todas as suas possibilidades.
Venho apresentando algumas fábulas de  JEAN DE LA FONTAINE com este efeito desencadeador de muitas angustias, individuais e grupais, e com a utilização das técnicas psicodramáticas quando ampliam-se as saídas. Três histórias são as mais utilizadas nesta oficina, não eliminando a possibilidade de percebermos no aquecimento outras histórias mais pertinentes ao grupo.
1.      AS ORELHAS DA LEBRE
2.      O CONSELHO DOS CAMUNDONGOS
3.      OS ANIMAIS E A PESTE
             O final da história é co-construido e após a criação de vários finais, dramatizamos uma das estórias e dali surgem outras cenas mais reais. É parte do pressuposto teórico a espontaneidade e dentro dela a adequação de respostas. O uso da fábula neste caso deve estar a serviço de novas saídas, novas reflexões. Cada um deve pensar nas diversas formas e momentos de se responder da forma mais saudável possível.

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