quarta-feira, 6 de março de 2013

Proposta de Experimento: Performance do Sopro


PERFORMANCE DE DANÇA DO SOPRO

Órfilo Rodrigues Fraga Júnior Filósofo pela Faculdade Católica de Uberlândia. Mestre em filosofia pela Faculdade Federal de Uberlândia. É coordenador do projeto “Trilhas Filosóficas” realizado pela “Clínica Trilhas AT”, onde ministra cursos e promove grupos de estudos sobre autores e temas aos quais se dedica. Há vários anos, realiza oficinas, apresentações e grupos de estudos da Dança do Sopro em Uberlândia.

SOBRE A DANÇA DO SOPRO
A Dança do Sopro é resultado de crises esquizo-convulsivas; crises do corpo e do pensamento; crises dos limites e das fronteiras entre os corpos, entre os pensamentos e entre o corpo e o pensamento. Rupturas-tremores; elevações-quedas; sublimações-descargas; contenções-entregas.
Mas não é representação das formas de crises, pois, é também resultado de enfrentamentos e superações, no corpo e no pensamento, dos limites e fronteiras entre corpos, entre pensamentos, entre corpo e pensamento. É a expressão “caosmótica” das forças que se movimentam nas fronteiras, de um lado ao outro, de um lado e do outro, tornando indiscerníveis os limites. Política esquizo-convulsiva que emerge dos enfrentamentos e superações; máquina de guerra do não-formado, do não-formatado e do “desenformado”.
É a afirmação ética e estética de todos os seres de todos os corpos que habitam um corpo; é o devir caótico de todos os pensamentos e formas de pensar que habitam um pensamento. Múltiplos corpos se compondo sucessivamente, desordenadamente em formas fluidas, liberados da forma fixa, una e totalizante. Múltiplos corpos se descompondo para a irrupção das novas formas que se sucedem indefinidamente. Signos do pensamento-acontecimento. “Poesia física no espaço”.
Seres fantásticos, caídos, extintos, não-nascidos, angelicais, demoníacos, animalescos, humanos, pestilentos, lamurientos, devotos, amaldiçoados, beatificados, sofredores, silenciosos, sonoros, guturais, cantantes... São potências dos corpos que compõem um corpo; são intensidades não-formadas que compõem o inconsciente; são forças inconscientes que se movem no corpo e no pensamento, e que os movem.
Será possível deixá-los viver? Será permitido deixá-los andar sobre a terra?
A experimentação constará de exercícios de respiração que possibilitem o despertar de forças do corpo que serão postas em movimentos físicos e sonoros compondo, em cada um dos participantes, uma dança própria que dê vida aos seres fantásticos que trazem em si.
Será realizada no prazo de 60 minutos, com uma performance de encerramento realizada pelo proponente.

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