REDE CONTRA VIOLÊNCIA
Sérgio Kodato
Esse experimento
visa articular e tecer uma rede (network) de pesquisadores, psicólogos,
educadores, atores sociais, cidadãos do bem, voltados para a investigação, em
ação, da violência, do autoritarismo e da crueldade nas relações sociais,
buscando multiplicar práticas de combate e prevenção, que impliquem: expressão,
criação e clima de arteterapia.
Enquanto método referencia-se no Psicodrama, de
Moreno, na Multiplicação Dramático-Literária, de Pavlov, na Análise Institucional,
de Lapassade, Pichon-Rivière, Bleger, Baremblitt e no método de análise das
representações sociais, de Moscovici e Jodelet. Adota como estratégia: o
Observatório de Violência da USP-RP, htpp://sites.ffclrp.usp.br/observatorioviolencia/
, uma rede virtual de vínculos entre agentes sociais e dispositivos
institucionais, visando virada linguística.
Pretende-se focar a pesquisa e a
intervenção em dois eixos básicos:
1) O aperfeiçoamento
didático e metodológico do professor, do psicólogo, do educador, no manejo da
agressividade e violência em sala de aula, e no ambiente de trabalho, por meio
do estudo e da possibilidade de domínio das tecnologias de grupo, do teatro do
oprimido e do virtual (Levy);
2) A relação entre o
imaginário do medo e a violência intestina que mina e destrói a vida grupal, os
ritos culturais, a união da comunidade, que
merece a constituição de uma terapia grupal, institucional e comunitária.
Pretende-se, ainda, investigar e recuperar estratégias para a efetiva inclusão
dos marginalizados, divergentes, diferentes, tidos potencialmente “violentos ou
agressivos” no processo psicossocial e pedagógico, através das oficinas de
criação e expressão (Pain).
Queremos propor que
sejam realizados estudos sobre violência institucional e grupal por meio da
aplicação de diferentes instrumentos (questionários, entrevistas, escalas,
testes projetivos e sociométricos), de distintas abordagens teóricas e
metodológicas. Espera-se, enquanto resultados, que os participantes
do experimento: a) conheçam e representem as formas pelas quais a violência, a
agressividade manifestam-se e como são percebidas e interpretadas no seio dos
grupos e instituições; b) entendam as cartografias da violência e crueldade, no
sentido de coibir e prevenir o fenômeno; c) contribuir para a criação de uma
rede de combate à violência e a destrutividade, nos processos grupais, nas
escolas, nas instituições, no município e região, envolvendo as instituições
públicas, e privadas, no sentido de multiplicar práticas paradigmáticas.
Didática do Experimento: Aula Expositiva Didática
Multimídia, Jogos Grupais e Dramáticos, Oficinas de criação e expressão.
Sergio
ResponderExcluirO tema é absolutamente importante. Participo de um grupo que estuda violencia em Campinas.
No Fronteiras teremos um tempo limitado. Seu projeto é bastante amplo: haverá um recorte, uma proposta para esse tempo curto?
O que voce define como violencia?
Abraço
Devanir